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Dificuldade para perder peso pode estar ligada a hormônio do crescimento

Pesquisadores da USP explicaram que, presente também nos adultos, o hormônio é liberado quando temos fome.

Uma pesquisa feita na Universidade de São Paulo tenta responder uma dúvida universal: por que é tão difícil manter o peso depois de uma dieta?

Há anos, João convive com as oscilações na balança e com um certo peso na consciência sempre que larga a dieta sem açúcar e com pouca gordura. “Quando eu relaxo na dieta, dois ou três dias eu já engordo pelo menos uns quatro quilos”, afirmou João Attuy, ator.

Em um estudo publicado na revista “Nature Communications”, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP mostram que a dificuldade de manter o peso pode ter ligação direta com o hormônio do crescimento, responsável pelo desenvolvimento de ossos e músculos.

O hormônio que a gente produz em maior quantidade na infância também está presente nos adultos, mas nessa fase é liberado principalmente quando estamos com fome.

Na pesquisa feita com camundongos, os cientistas descobriram que o hormônio do crescimento também age no cérebro. Ele ativa os neurônios conhecidos como AgRP. São eles que nos dão a sensação de fome e reduzem a queima de energia, dificultando o emagrecimento.

Isso ficou claro quando os pesquisadores injetaram o hormônio em camundongos: eles comeram 15% a mais e reduziram de 5% a 10% o gasto de energia.

“O nosso organismo entende a perda de peso como uma situação de risco, uma situação de perigo. Portanto, ele procura ter mecanismos que previnam a perda de peso. E isso é justamente o que a gente descobriu. Como o organismo reconhece essa situação de perda de peso através da secreção do hormônio do crescimento e, com isso, seu organismo passa a trabalhar no modo gastando menos energia”, explica José Donato Júnior, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e um dos pesquisadores.

Um mecanismo que tem a ver com a evolução. “Aquilo que antes provavelmente garantiu a sobrevivência dos animais, não apenas dos seres humanos, hoje em dia torna-se um obstáculo para a perda de peso”, diz Donato.

Mas o que fazer para evitar essa sabotagem às dietas? Os pesquisadores resolveram enganar o cérebro. Criaram camundongos geneticamente modificados, com neurônios que não reconhecem o hormônio do crescimento. O resultado nesses animais foi impressionante: em um dia, eles perderam até 50% de gordura. Seria possível obter resultado parecido em humanos?

A ideia é incluir homens e mulheres na próxima fase da pesquisa e buscar uma forma de inibir a ação do hormônio no cérebro. Por enquanto, vale outra dica para compensar o desejo de comer: fazer mais exercícios, a receita de Camila para se dar bem com a balança. “Sete vezes por semana, pelo menos uma hora por dia. Não paro nem para dar entrevista”, garantiu a publicitária Camila Rocha.

Fonte: Jornal Nacional - 16/03/2019



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